Apresentação

 

Em 10 de agosto de 1912, o Brasil acolheu no fértil solo baiano o “menino Grapiúna”, mais tarde conhecido e reconhecido mundialmente como o grande contador de histórias: Jorge Amado. No ano de 2012, o Brasil celebra o centenário do nosso grande e internacionalmente Amado “Jorge”. As comemorações acontecem das mais variadas formas, passando pelo ecletismo dos suportes, pela multiplicidade de expressões, assim como ele preconizava em seus textos, a poética da diversidade. Congressos, simpósios, colóquios, inúmeros concursos, publicações, artigos, palestras, produção de TV, novela, gincanas, peças teatrais, desfiles carnavalescos, entre tantas homenagens. Uma profusão de possibilidades reside no texto deste escritor, cujo aspecto fundante é mostrar a capacidade performática do constructo literário associada à ampla aceitação junto aos leitores. Todo esse potencial de literariedade nos leva a questionar o que atrai um grande número de pesquisadores das mais diversas áreas a se debruçar sobre a obra de Jorge Amado, já de fundo tão conhecida e compartilhada por um grande público que gosta de amar ou odiar, criticar ou apreciar seus romances, o que torna o escritor baiano alvo constante de traduções diversas. O próprio Amado referindo-se ao seu acervo literário, assim se pronunciou: “Publico esses rascunhos pensando que, talvez, quem sabe, poderão dar ideia do como e do porquê”, não é difícil perceber que este menino de Itabuna, de Ilhéus, da Bahia diz algo a mais em suas obras, algo que as aproxima do povo. Sendo simples, é gentil, sendo modesto, nunca deixou de ser firme e comprometido e, apesar de assumir em alguns momentos de sua empolgante biografia, a identidade de um o “Jorge Vermelho” é um brasileiro, um baiano; é, sobretudo, um escritor nosso que provoca tradutores de mais de 50 países e os mais variados meios artísticos a realizar leituras e traduções de suas obras, conduzindo as inúmeras manifestações culturais brasileiras por trânsitos diversos. Por ocasião do centenário de nascimento de Amado, a Associação Brasileira de Estudos Comparativos – ABRAEC, a Universidade Estadual da Paraíba e a Universidade Federal de Campina Grande pretendem reunir os pesquisadores e interessados no legado literário do autor para juntos pensarem, refletirem e sinalizarem novos caminhos para a fortuna crítica do homem, do autor, do escritor de sonhos e sinalizador de possíveis utopias. Salve Jorge! Internacionalmente, Amado.

 

De 6 a 8 de novembro de 2012

LOCAL: Auditório II da Central de Aulas, Universidade Estadual da Paraíba.

Campus I, Campina Grande-PB